segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

"A vida de Pi" Yann Martel

Life of PiAno: 2001
My rating: 1 of 5 stars

***

Nota (17 Fev.)
Mudei a classificação deste para 1 estrela.
Explicação aqui.

***

Restam pouco mais de 10 horas a 2012 e o meu ano de leituras foi encerrado às 7h30 da manhã, depois de uma sonâmbula caminhada matinal com os cães.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

"Soberba Escuridão" Andreia Ferreira

Soberba Escuridão (Trilogia Soberba #1)
Ano: 2011

My rating: 4 of 5 stars



Fechar o ano com um livro Português pareceu-me bem!
Mas tenho de adimitir que não estava nos planos ser uma leitura tão rápida.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

"Saco de Ossos" Stephen King

Bag of Bones
Ano:  1996

My rating: 3 of 5 stars

Já lá vai algum tempo desde que li Bag of Bones, mas só agora é que me deu para comentar o livro porque é o tipo de aldrabice coisa que faço quando as leituras andam em atraso : desenterrar livros (bem a propósito deste titulo)

Tive a oportunidade de ver a mini-série de 2 episódios que adaptou a história a televisão com Pierce Brosnan no papel de Michael Noonan e pareceu-me a desculpa ideal para um post sobre mais um mamarracho livro de Stephen King.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

"Um dia" David Nicholls

Ano: 2006

My rating: 4 of 5 stars 

Não foi só 1 dia, foram 7 bem passados numa ilhota das Maldivas mas foi “One Day” o livros destas férias. “Só um livro!?” (Já oiço o desespero) Sim, foi mesmo só um livro porque o Snorkeling subiu-me à cabeça e pôs-me durante horas de rabo para o ar, cara dentro de água e olhos esbogalhados para os corais a mirar peixes que nem uma stalker com fetiche por escamas coloridas.
O “One Day” estava na pilha daqueles livros “ando para ler há séculos” e era um entre as dezenas que levei no Nook para ler, mas quando encontrei uma cópia na biblioteca do Hotel, deixei o electrónico e decidi a ir com o papel! (Há algo irresistivel em ler livros usados...) Era um sinal dos Deuses das férias e Boas leituras: aquele era o meu livro. Posso dizer sem dúvida que os primeiros capítulos foram do mais perspicaz e cómico que já li há muito... pena que a coisa não continuou assim! Á mesma velocidade que o tempo vai passando na vida da Ema e do Dexter a leveza e o humor vão passando também e as angústias e desilusões tomam-lhe o lugar quase como se se tratasse de novas personagens ausentes mas constantes. Durante as horas que passei a ler, adorei este livro; ele tem tudo o que se pode encontrar numa boa história. David Nicholls conseguiu mais uma fã mas há algo que tenho de discordar com ele: crescer não tem de ser uma tragédia nem as perdas maiores do que os ganhos. O livro fala dos 20 anos que se seguem ao dia que o Dexter e a Emma terminam a faculdade, segue-se a história de ambos que na minha perspectiva apenas serve de tela para retratar o crescimento, a descoberta, a mudança, alegrias, tristezas, conquistas e derrotas que fazem parte da vida de qualquer pessoa e os levam de jovens estudantes a adultos (mais ou menos sadios dependendo do caminho até lá) É este caminho que discordo da forma como o autor o retratou... há sempre uma tristeza no ar, um fantasma de falhanço, uma melancolia amarga pelo passar dos anos; as personagens só parecem crescer / avançar pelas perdas e não por vitórias... quero acreditar que não sou a única a pensar que não há coisas boas apenas nos anos ingénuos da infância ou nos sonhadores da juventude, que ser adulto não é assim tão mau nem tão trágico quanto por vezes parece. Afinal, nós (projectos de adultos) podemos comer sobremesa antes do jantar, fazer um jantar de gomas, chocolates e batatas fritas, ficar a ler e a ver filmes até de madrugada, beber álcool até cair, ignorar a lógica da palhinha, soprar e pôr o sumo a borbulhar em alto e bom som como se de um projecto científico se tratasse (nojento, sim, e daí?) Hoje é o “One Day” de ontem, e porque nunca sabemos se teremos o de amanhã, é melhor aproveitar e dar cabo do desgraçado até ao último minuto! Liliana

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

"Beastly" Alex Flinn

Beastly
Ano: 2007

My rating: 4 of 5 stars

Li este livro algures em 2010 e postei opinião no Goodreads, mas agora que já tive oportunidade de ver o filme não podia deixar de opinar mais um bocado! 

A verdade verdadeira é que ADORO a história da “Bela e o Monstro” e sou viciada em heróis atormentados... culpem a adolescente que continua agarrada aos meus neurónios... qualquer pretexto é bom para falar sobre eles :)

O livro de Alex Flinn é uma boa versão da história.

Tinha algumas expectativas quando o comecei a ler e lembro-me que foi bem mais divertido do que esperava mas sem descuidar o romace que as moças tanto gostam. 

As personagens eram reconheciveis, com um restyle que as tornavam novas num cenário de NY tempos modernos e a novidade que mais me fez colar os olhos ao livro: o chat group! 

Aquelas conversas entre os humanos amaldiçoados foram hilariantes! Para quem não leu o livro, imaginem uma chat room com a Branca de Neve, o Sapo (príncipe enfeitiçado), a Pequena Sereia, o Monstro, e outros personagens de contos de fadas, todos eles a falarem num género de terapia de grupo em que cada um se vai lamentado sobre as próprias desgraças.

Acreditem, é mais louco e engraçado do que podem imaginar... lembro-me das frases do Sapo estarem sempre carregadas de typos porque ele não se conseguia entender entre as barbatanas e o teclado.

Isto leva-me ao filme… à desilusão de filme uma vez que nem sinal do meu tão amado chat room! 

Embora não possa dizer que detestei, porque o casting estava bem seleccionado com um Monstro que tinha tudo para príncipe e a Bela era engraçadita, também não foi a adaptação de livro / filme mais feliz que se encontrou.

 Aqui deixo o trailer para quem tenha curiosidade mas não deixem de ler o livro. O especial está todo lá!

Liliana

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sábado, 8 de dezembro de 2012

"The Terrible Privacy of Maxwell Sim" Jonathan Coe

The Terrible Privacy of Maxwell SimAno: 2010

My rating: 1 of 5 stars

This was soooooo DEPRESSING!!!

Tenho um fraquinho muito especial por narrativas de um humor negro deprimente… e se conseguirem oferecer-me um bocadinho de non-sense, PERFEITO!

Isto era tudo o que eu esperava quando trouxe este livro para casa, mas (oh Deus!) como a coisa me saiu mal!

Maxwell Sim é o personagem principal (com direito a integrar o título do livro e tudo) e é tão sozinho e depressivo como prometido; a passar aquela idade dos 40, onde (dizem que) o pouco que faz sentido na nossa vida vai desta para melhor e volta-se a querer ter 20 ou 30 anos e como não é possível regressar no tempo, começasse a agir como se fosse… e depois já sabemos os resultados ainda mais deprimentes.

Talvez pelas semelhanças do nome, talvez apenas porque era o que eu queria ler, esperava encontrar neste livro um toque da "magia negra", humor sagaz e história inesquecível do filme "Mary and Max".

Foi uma desilusão.
Maxwell Sim e a sua vida solitária são um buraco de depressão e até nos escassos momentos em que há uma tentativa de humor, é tão cliché que nem merece ser considerado. i.e. Um momento em que ele pensa que pela primeira vez um estranho o vai cumprimentar e reconhecer a "sua existência" e é apenas um assaltante que lhe rouba o telefone e cinco minutos depois regressa porque não é daquela zona e precisa de indicações para encontrar a estação de comboios… e a besta do Maxwell Sim diz-lhe qual o caminho que tem de seguir!!!!

Não é difícil perceber porque é que acabei por desisitir e não o ler até ao final. Quando estiver a apróximar-me dos 40 e se me sentir tão deprimida como Maxwell Sim, talvez volte a pegar neste livro :D …ou não...

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quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

O polvo do "Twilight"


Ano: 2005 

Esta é a segunda vez que estou a escrever uma opinião sobre o “Twilight”.
E porquê!? Porque é que estou aqui a perder tempo a refazer um trabalho tão bem feito? (Eu que trabalho sempre bem!)
Porque me senti obrigada a fazê-lo pelos fenómenos dos últimos dois anos que transformaram a série num polvo. (Já vais entender o polvo mais á frente, sossega os neurónios)
 
A minha história com o Twilight começa como uma boa história de terror (ou aquelas que acabam inevitávelmente em tragédia) numa noite fria de inverno em Janeiro de 2006 onde tudo estava como sempre foi na minha pacata vidinha. Peguei no livro com alguma desconfiança (porque vampiros nunca foram a minha praça) e depois de começar a ler a minha alma não teve mais descanso até chegar à última página.
Gostei da história, gostei dos personagens, da aura de mistério que envolvia o livro, da escrita, do ritmo de leitura... e estava pronta para mais!
Comprei o “New Moon”, e li-o no mínimo tempo humanamente possível.
Comprei “Eclipse”, li-o que nem uma desalmada. (quem é queria saber das olheiras que caíam dos olhos em dois papos negros!? Eu não!)
Comprei o “Breaking Dawn” e quando se apróximava das últimas páginas os meus olhos tremiam em câmbrias pela ressaca que se avisinhava com o final da minha droga.
Urtigas! Eu adorei o raio da série!
(Estes podem ser considerados os primeiros tentáculos do polvo.)
O tempo passou e o murmurinho em redor da série cresceu como urtigas.
(Outro tentáculo do polvo)
A minha sobrancelha nervosa começava a elevar-se perigosamente de cada vez que via mais uma critica, mais uma pessoa com o livro, mais um programinha de televisão sobre a série, mais isto..., mais..., MAIS...!!!
“O quê? Um filme? Por favor não falem comigo sobre o Twilight!”
(Outro tentáculo do polvo)
Tenho de confessar que a série me influenciou quando escrevi o “Momenttus” em 2008/09 e até hoje acredito que foi uma boa influência... mas depois veio aquela urtiga de filme, com aqueles actores urtigueiros e mandou o raio dos livros todos para as urtigas!!!
(confuso com tanta "urtiga"? É só mais uma daquelas coisas que nunca terá explicação)
(Aqui mais uns tentáculos para o polvo!)

Hoje, tenho os livros no fundo mais escondido das minhas prateleiras porque não quero sequer abrir hipótese para conversa sobre o Twilight.
A história foi lida, relida, desenhada, usada, desmantelada, escrutinada, analisada, autopsiada e o que resta é um cadáver que fede a podre.
Esta é a cabeça do polvo (porque o raio do animal já está cheio de tentáculos) e a minha última e derradeira crónica ao “Twilight”.
Por favor, mais não.
Liliana
PS – Na eventualidade da Stephanie Meyer aprender a falar Português e ler isto: Parabéns pelo bom trabalho.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

"The Marriage Plot" Jeffrey Eugenides

The Marriage Plot
Ano: 2011

My rating: 4 of 5 stars

Há meses que andava a chorar pelos cantos por um livro que me apaixonasse e finalmente "The Marriage Plot" aterrou nas minhas mãos, com Madeleine, Mitchell e Leonard.

Num cenário de faculdade Ivy League, a história acompanha os últimos dias destes três personagens em Brown (com analepses que me fizeram perceber Semiotica como nunca esperei) e a descoberta do mundo real, fora dos muros seguros da faculdade.

Pelos personagens, pelos diálogos, e por todo o ambiente de auto-descoberta, fez-me recordar o "One Day".
One Day
E tal como no livro de David Nicholls, o único aspecto que me deixou desiludida, foi uma ideia que é passada nesta história, a ideia de que crescer é um conjunto de más decisões e desilusões.

Madeleine, que "evitava por instinto pessoas instáveis" acaba por se envolver com Leonard que sofre de depressão crónica e é uma autêntica bomba relógio. Leonard por sua vez, tenta lidar com os efeitos secundários da doença e dos medicamentos que a controlam, e ao mesmo tempo vive num limbo de medição de forças com Madeleine na relação de ambos. Mitchell, curioso em explorar o lado espiritual da existência, embarca na típica viagem à India onde apenas encontra desilusão ao perceber o homem que realmente é.

Apesar desta pequena divergência de ideias, tenho um novo autor favorito, e com certeza que irei ler outros livros de Jeffrey Eugenides.
Pelo que pesquisei na net, infelizmente parece que ainda não há versão portuguesa deste livro.

Liliana


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sábado, 1 de dezembro de 2012

"O Conde de Monte Cristo" Alexandre Dumas

The Count of Monte Cristo
Ano: 1844

My rating: 5 of 5 stars

Isto sim é um graaaannnde livro!!!

Todos os anos proponho-me este tipo de pequena aventura onde escolho um dos monstros-clássicos e tenho-o na mesa de cabeceira para ir lendo ao longo desse ano.

Aquele tipo de leitura para deliciar os olhos com uma escrita elaborada... afinal, os clássicos são maravilhosos para isso mesmo.

“O Conde De Monte Cristo” foi o peso-pesado de 2010, a opinião só vem agora em 2011... c’est la vie!
Um escritor arranja sempre tempo para escrever... mas não tudo o que quer! ...e sejamos realistas, quando escrevemos a critica a um livro, o valor desse trabalho é questionável! No caso de um clássico: arrasta a nulidade!
Mas eu sou uma escritora, com opinião sobre quase tudo e não resisto a opiniar. Especialmente se for por um livro que me levou quase um ano a ler!
Pois, é mesmo assim, quando tens perto de 1300 páginas e sem grande pressa para terminar de as ler, as coisas acontecem a este ritmo.

Como toda a gente, já conhecia a história d’“O Conde de Monte Cristo” dos vários filmes produzidos e gostei dela ao ponto de (mesmo assim) me decidir a ler o livro.
Quem é que resiste a combinações de amor, traição, ódio e vingança? (isto fez-me lembrar que tenho de encontrar o meu “Wuthering Heights”…o raio da mudança)

Enquanto lia, James Caviezel continuava a ser o Dantes na minha cabeça vindo directamente do filme que revi depois de terminar o livro.

Não foi surpresa a quantidade de detalhes que encontrei (1300 págs!? Puh espaço não faltava!), e gostei imenso da riqueza que trouxe à história a exploração mais atenta das personagens secundárias assim como importantes diferenças na trama, e a inclusão de informações politico-históricas que pelo tamanho obviamente não é possível de integrar num filme.

O meu período favorito na história é o tempo que Dantes passa com Faria em Chateu D'If, porque é nessa altura que Dantes cresce como personagem, perde a ingenuidade de adolescente sonhador, estuda e aprende, e transforma-se no homem que decide fazer a sua justiça e despolta toda a trama. Infelizmente esta foi a parte que menos desenvolvimento e menos surpresa trouxe no livro...(acho que o argumentista que escreveu a adaptação do livro para script também partilha a mesma opinião.) ...e foi antes todo o plano de vingança do Dantes que se estendeu pela maioria das páginas.

“É um grande clássico” tem o meu selo de aprovação! (que vale o que vale)

Venha o próximo!

Liliana

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